Eleições 2010 - Sobre candidaturas "sujas" - Textos publicados

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Raul Ferreira Bártholo Curioso é observar o Sr. José Serra. Se desmerece pela própria fala. Ávido de poder, e insensível, exige subalternidade e/ou submissão alheia quando valoriza esse atributo tido como lealdade política. E sem pejo constrage Marco Maciel a engolir sapos. Diz: ..."A pior coisa que tem para um político que está no governo é ter um vice que faz aporrinhação, porque é infernal". E acrescenta: ..."O Marco virou um padrão".

 Comentários acrescentados

 Raul Ferreira Bártholo

Segundo a notíca da FSP (29/05/2010) fez tal afirmativa "olhando para o senador, sentado ao seu lado". Certamente qualquer pessoa de maior brio político tanto quanto Marco Maciel em seu lugar dispensaria esse tipo de "elogio". Na tradução desse discurso, o Sr. Serra confirma preferir submissão e elege "subalternidade": pois contrapõe a altivez havida por outros dois políticos. Primeiro, pelo senador Tasso Jereissati (CE) após recusa em ser “vice" em sua chapa. Em segundo desmerecimento intentado, tenta responder à “carraspana” do Itamar Franco (PPS-MG), - aliás politica e compreensivelmente merecida, segundo se entende - quanto ao oportunimo dos elogios graciosamente dados ao presidente Lula. Pois e essa espécie de contraposição altiva de ambos (Jereissati e Itamar) soma a frase infeliz, segundo a qual ..."não atendem ao padrão Maciel".  Ora Pois!!!   Ninguém precisa ser procurador do Sen. Maciel para acusar a falta desensibilidade ao alegar preferência política pelo "sangue de barata” e, pela insinuação, como se o fosse, envolver Marco Maciel nessa história. 

Raul Ferreira Bártholo

Pior ainda foi a forma um tanto covarde de se "eximir" de culpa por transgressões na propaganda do DEM por atribuir responsabilidade ao aliado, embora inegavelmente fosse o maior interessado. Pois alega: ..."a responsabilidade no caso é do próprio partido que fez o programa, porque minha imagem foi utilizada, acho isso perfeitamente normal". Só falta mesmo dizer,também, que "não sabia de nada"...

Raul Ferreira Bártholo

Evidentemente, à incapacidade de se responsabilizar diretamente pelo quanto faz (ou fizer) de errado perante a legislação (quando é o maior beneficiário da trangressão), o absolutismo autoritário do Sr. Serra está exposto.Que ninguém se atreva em seu "terreiro" a sustentar e exprimir objeção ou ponto de vista diverso, senão contrário: estará a fazer "aporrinhação". O chefe supremo não pode ser aporrinhado!

Raul Ferreira Bártholo

E mais do que se desmerecer pela fala, o próprio Sr. Serra ao final mais ainda se desacredita pelo quanto escreve e "aporrinha" a inteligência dos eleitores que ainda acreditam (ou acreditaram) em seus ditos ou escritos. Afinal qual credibilidade pode ter quem registra em cartório declaração (segundo a qual prometia a seus eleitores ser prefeito até o fim do mandato") e, depois, joga no lixo tudo quanto disse ou escreveu - só por oportunismo eleitoral e/ou ambição de poder?
Afinal, quanto vale a palavra do Sr. Serra, agora também um "ficha suja" nesse ponto de vista?
Pelo mesmo motivo (palavra escrita desonrada), não valerá tanto quanto a do Sr. Palloci, por exemplo?